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Mesão Frio e o Douro

Mesão Frio e o Douro

Morangueiro de Jardim in vitro

Morangueiro de Jardim in vitro

Explante de Oliveira - Bical

Explante de Oliveira - Bical

Sendo a água doce um recurso fundamental à Vida a sua exploração sustentável constitui o garante do desenvolvimento das populações. Este recurso natural apresenta uma multiplicidade de aproveitamentos – geotermia, turismo termal, de aventura e natural, aquacultura de espécies ornamentais tropicais, passando pela caracterização/preservação da biodiversidade autóctone e incentivo à produção agrícola numa perspetiva empreendedora no Séc XXI. Falamos do Douro – Património Mundial da Humanidade.

 

Dado o atual contexto socioeconómico e o êxodo de população jovem da região do interior, torna-se fundamental garantir a valorização das potencialidades da região Duriense, como uma porta para o empreendedorismo juvenil que, a par do conhecimento agrícola tradicional, cujas raízes constituem a história de uma das regiões demarcadas mais antigas do mundo, através do conhecimento da biotecnologia reinventar-se e servir de estímulo à fixação na região de população jovem, tecnicamente habilitada e capaz de inverter a insustentável tendência demográfica que atualmente se verifica.

- Preservar e manter o património genético de espécies vegetais autóctones que estejam ameaçadas/vulneráveis, com recurso a conhecimento técnico-científico;

 

- Mobilizar o conhecimento da Biotecnologia como suporte à agricultura, priorizando culturas tradicionais com interesse económico para a região;

 

- Aproveitar as potencialidades geotérmicas da região para a implantação de culturas exóticas/tropicais de elevado interesse económico;

 

- Implementar um programa de criação de espécies ornamentais de peixes tropicais, recorrendo ao aproveitamento geotérmico, com vista à satisfação do mercado da aquariofilia;

 

- Promover o turismo e fixar capitais de investimento no Concelho de Mesão Frio.

A energia geotérmica corresponde ao calor contido no interior da geosfera e que tende a difundir-se para a superfície do planeta de uma forma mais ou menos regular. Esse calor pode ser transferido para um fluido termal, ao qual se associam as águas termais (águas com origem subterrânea cuja temperatura de emergência excede os 20 ºC [1].

 

Dada a actual conjuntura o aproveitamento das potencialidades Geotérmicas das Caldas de Moledo poderia, no nosso entender, constituir uma oportunidade para gerar uma ou duas Startups, fomentando o empreendedorismo e emprego juvenil, crescimento económico e promoção do Douro.

 

Como áreas potenciais de investimentos destacam-se: 

 

- Turismo termal e de relaxamento, tendo como principal via de comunicação o rio Douro, por onde todos os dias passam embarcações com turistas;

 

- Potencial para a criação de linhas de produtos cosméticos e farmacêuticos;

 

- Desenvolvimento de culturas tropicais de elevado interesse económico em estufas aquecidas com o calor geotérmico;

 

- Utilização da Biotecnologia em processos de reprodução de explantes em larga escala, na proteção dos recursos agrícolas e sua caracterização genética;

 

- Promoção da piscicultura, nomeadamente no domínio de espécies tropicais ornamentais;

 

- O aquecimento urbano da área envolvente graças a permutadores de calor para circuitos de aquecimento - casa, hotéis, balneários. A utilização deste recurso reduziria a dependência de combustíveis fósseis, favorecendo o ambiente, numa região classificada como Património Mundial - UNESCO. 

 

  Projeto DouroFix(sh)e:   

  Resumo do Projeto    
 Objetivos Propostos 
  Potencialidades Geotérmicas 
  Utilidade Empresarial 

- Promoção do Douro enquanto Recurso Natural 

 

[1] Oliveira, A.S.; Almeida, S.M (2003). Energias Renováveis - Série Didáctica Ciências Aplicadas. Vila Real: SDE UTAD.

 

[2] Excerto da Carta Geológica N.º 10-C na Escala 1:50 000

 

[3] Marques J. E. et al. Nascente termal do Poço Quente (Granjão–Caldas do Moledo, Norte de Portugal): morfoestrutura, geoquímica e hidrogeologia. Cadernos Lab. Xeolóxico de Laxe Coruña. 2003. Vol. 28, pp. 147-172.

 

[4] Marques, J. E.; Carvalho J.M.; Borges F.S.; O sistema hidromineral de Caldas do Moledo, Peso da Régua (Norte de Portugal). Cadernos Lab. Xeolóxico de Laxe Coruña. 2003. Vol. 28, pp. 127-145.

As Caldas de Moledo localizam-se na margem norte do rio Douro integrando a chamada Zona Centro Ibérica (Fig. 1). Nesta região foram identificadas como  estruturas tectónicas principais a falha de Régua-Verin (orientada segundo NNE-SSW) e a zona de cisalhamento de Vigo-Régua (orientada segundo WNW-ESE). As características morfoestruturais são preponderantes para a explicação da génese das ocorrências hidrominerais, devido a criação de zonas de maior permeabilidade por fracturação [3, 4] .

 

 

As águas de Moledo são de baixa entalpia, isto é, sua temperatura à superfície é inferior a 150 ºC. Medições da temperatura nos furos identificados por AC1 e AC2, registando-se, 44.4 ºC e 41.5 ºC respectivamente (Fig. 2). O  furo AC1 apresenta valores de caudal de exploração recomendado de 4 L/s e o furo AC2 um   valor de 6 L/s [4].

 

 

 

 

Furo Termal AC1

Furo Termal AC2

Figura 1 - Excerto da Carta Geológica nº 10-C na escala 1:50 000, com a localização aproximada das emergências termais AC1 e AC2 [2] .

 

Figura 2 - Parâmetros registados nos furos AC1 e AC2 - Condutividade, Temperatura, Pressão e pH.  O furo AC1 atinge uma profundidade de 112 m, enquanto que o furo AC2 atinge uma profundidade de 99,5 m

 

(Dados recolhidos em Maio de 2012, no âmbito do Projeto

ECO-saving 4 tomorrow - Importância da Geotermia para o desenvolvimento Económico e Social de Mesão Frio

apresentado ao Concurso de Ideias da FIP 2012)

 Bibliografia 
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